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não é o sono

ela me dá adeus com a mãozinha
por trás da passagem da porta
chamando
talvez nunca mais escreva
bilhetes, poemas
porque
a moradora do andar de baixo
reclamou dos gemidos e das paisagens
e pensar que quando vínhamos para casa
vimos dois trompetistas com dedos iluminados
lábios inchados de música,
uma puta na sua vida, lutando por sua vida
e os taxistas com copos de café nas mãos
à espera de bêbados